Na manhã desta Quinta-feira Santa, 28 de março, na Catedral de Santo Antônio de Jacutinga, o clero diocesano, liderado por Dom Gilson Andrade, bispo de Nova Iguaçu, se reuniu para celebrar a Missa do Crisma. Este rito litúrgico, também conhecido como Missa da Unidade, fortalece os laços de comunhão entre o bispo e seu presbitério.
Durante a cerimônia, os padres renovaram suas promessas sacerdotais, relembrando o momento de suas ordenações, quando foram consagrados para testemunhar a paixão, morte e ressurreição de Cristo, especialmente na celebração da Eucaristia.
Em sua homilia Dom Gilson explicou o sentido deste ano de fidelidade – “os nossos padres, na graça dessa Eucaristia renovarão as promessas sacerdotais do dia de sua ordenação, como sinal do vínculo que os une ao bispo e entre eles, em vista da missão que o Senhor confiou à família do presbitério. Mas essa renovação de promessas eles não a realizam sozinhos, uma vez que exercem o seu ministério não isoladamente, mas no serviço diário ao conjunto de todo o Povo de Deus, com a cooperação ativa dos diáconos, dos outros ministros, das pessoas consagradas e dos fiéis leigos e leigas. Por isso, todo o Povo de Deus é convidado a essa celebração que é única no contexto do ano litúrgico”, disse o bispo.
Dom Gilson exortou ainda os presbíteros acerca do papel que devem desempenhar no seu ministério pastoral e a sua importância na vida espiritual das famílias:
Padres filhos e irmãos porque compartilham com todos a graça batismal e, mas também PAIS, pela unção recebida no sacramento da Ordem. Numa sociedade carente da figura paterna, o exercício do ministério a partir da paternidade espiritual do Padre pode não apenas enriquecer a missão da Igreja, mas trazer uma colaboração essencial para as famílias. De certo modo, também hoje as pessoas nos pedem, como Filipe a Jesus: “mostra-nos o Pai”. A unção sacerdotal recebida no sacramento nos torna, de certo modo, sacramentos do Pai através do que somos e da ação pastoral que nos é própria.
Nesta ocasião solene, Dom Gilson Andrade abençoou os óleos dos Catecúmenos e dos Enfermos e consagrou o Santo Crisma. Essa prática litúrgica marca o início das celebrações do Tríduo Pascal, um dos momentos mais significativos no calendário litúrgico da Santa Igreja.
A Missa da Unidade não apenas reafirma os compromissos sacerdotais, mas também ressalta a importância dos sacramentos na vida cristã, preparando o povo de Deus para as celebrações da Semana Santa.
Os óleos têm um profundo simbolismo religioso:
- Óleo do Crisma: Uma mistura de óleo e bálsamo que representa a plenitude do Espírito Santo, indicando que os cristãos devem espalhar o “bom perfume de Cristo”. É utilizado nos sacramentos da Crisma e da Ordem, para ungir aqueles que foram escolhidos para proclamar a Palavra de Deus.
- Óleo dos Catecúmenos: Destinado aos catecúmenos, aqueles que se preparam para receber o Batismo, independentemente de sua idade. Esse óleo de cor vermelha, aplicado antes do rito da água batismal, simboliza a libertação do mal e a força divina que penetra na vida do catecúmeno.
- Óleo dos Enfermos: Utilizado no sacramento da Unção dos Enfermos, esse óleo representa a força do Espírito Santo para enfrentar a provação da doença e fortalecer o enfermo em sua jornada, incluindo a aceitação da dor e, eventualmente, da morte, caso seja a vontade de Deus. O enfermo é ungido na testa e nas mãos, como gesto de consolo e fortalecimento espiritual.
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Imagens: Adielson Agrelos / DNI Ascom