CDH exibe filme sobre os tempos da Ditadura na Baixada Fluminense

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No dia 18 de janeiro, às 14h30, em comemoração ao que seria o aniversário de Dom Adriano Hypólito, fundador do Centro dos Direitos Humanos de Nova Iguaçu, será exibido no auditório do Cenfor, o filme “Fé e Luta: Igreja Católica e Ditadura Militar em Nova Iguaçu”. A produção, resultado da colaboração entre o Instituto Enraizados e o CEDIM, será exibida como uma oportunidade de vivenciar um relato impactante.

Com a participação de Antônio Lacerda, Coordenador do Arquivo da Diocese de Nova Iguaçu, o filme mergulha nas páginas da história da Diocese durante os anos sombrios da Ditadura. O objetivo é destacar não apenas a coragem singular de Dom Adriano Hypólito, mas também a resiliência notável da comunidade que enfrentou tempos desafiadores com determinação.

A exibição do filme é uma celebração da memória e um convite à reflexão sobre a importância contínua da luta pelos direitos humanos.

Dom Adriano Hypólito

Dom Adriano Hypólito nasceu em Sergipe, tendo como nome de batismo Fernando, foi frade franciscano ordenado em Salvador em 1942 e adotou Adriano. Durante a Ditadura Civil-Militar, membros da Igreja Católica também eram vítimas de violência de grupos contrários ao processo de abertura política do país.

Como bispo de Nova Iguaçu colocou-se publicamente contra os anos de chumbo, sendo figura importante na luta pela garantia de direitos, acolheu perseguidos e foi tido como inimigo pelo regime. O sacerdote foi capturado e torturado, seu carro foi levado para frente da sede da CNBB e explodido, além disso foi colocada e explodida uma bomba no altar da Catedral de Santo Antônio de Jacutinga.

Ele chegou na Baixada e optou pelos mais pobres. Não agradou aos militares e por isso, sofreu uma intensa perseguição para silenciar sua atuação, mas que foi em vão. Foi bispo da Diocese de Nova Iguaçu entre 1966 e 1994, quando se tornou bispo emérito. Ainda fundou o Centro dos Direitos Humanos da Diocese de Nova Iguaçu, no ano de 1993.