Com o tema: “Pastoral da Educação: centralidade, identidades e missão”, o 21º Encontro Nacional da Pastoral da Educação, o ENAPE, aconteceu na modalidade híbrida, dias 19 a 21 de agosto, com participação presencial de 120 educadores representantes dos regionais da CNBB e mais de 900 remotamente.
O arcebispo de Goiânia, cidade anfitriã do encontro, e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação, dom João Justino de Medeiros e Silva, reafirmou que o 21º Encontro Nacional da Pastoral da Educação é o primeiro encontro nacional que a arquidiocese recebe após o período da pandemia. O prelado lembrou da Campanha da Fraternidade 2022 que, após 40 anos, voltou a aprofundar pela terceira vez o tema da “educação”.
“Nestes dias trabalharemos aqui para compreender a importância da Pastoral da Educação em nossas igrejas diocesanas. A identidade ou as identidades, ou seja as muitas formas de realizar este pastoreio no âmbito da educação. E qual é mesmo a missão da Pastoral da Educação? Certamente é nosso desejo voltarmos para nossos locais de atuação na educação muito animados para fazer multiplicar ainda mais este trabalho”, disse.
Carta do Encontro reafirma a “crença na educação”
No último dia do encontro, os participantes aprovaram a “Carta de Goiânia – XXI Encontro Nacional da Pastoral da Educação” cujo título é “Cremos na Educação”. No documento, os educadores católicos compartilham “aquilo que o Espírito Santo suscitou como inspiração e chamado ao longo destes dias”.
A carta denúncia o descompromisso das autoridades com a Educação, “que se materializa no desmonte das políticas públicas educacionais, na falta planejamento e investimento, na má remuneração dos professores, na mercantilização do saber e no abandono das comunidades originárias, ribeirinhas e quilombolas”.
De acordo com os educadores católicos, a “falta de um projeto de Estado para a educação e o contínuo processo de enfraquecimento das escolas e universidades tem levado ao fechamento de unidades educacionais em todo o país, impedindo que milhares de crianças e jovens se formem e busquem um futuro promissor”.
Esta situação, apontam no documento, foi piorada pelas condições precárias que a pandemia submeteu os educadores e as instituições públicas e privadas, penaliza sobretudo os mais pobres e vulneráveis, aumentando as desigualdades sociais. “Reconhecemos que durante o duro período da pandemia, o esforço dos educadores foi fundamental para que as consequências da pandemia fossem menos devastadoras no campo educativo”, diz um trecho da carta.
A carta convida as forças vivas da Igreja no Brasil a se juntarem à Pastoral da Educação para colocar a educação como prioridade desta hora e também para se empenharem na consolidação da Pastoral da Educação nas comunidades, paróquias, dioceses e regionais, “somando forças com educadoras e educadores das redes pública, privada e confessional, reanimando nossa missão e engajando-nos com responsabilidade”.
Conheça a íntegra do documento: https://www.cnbb.org.br/wp-content/uploads/2022/08/Carta-do-XXI-Encontro-Nacional-de-Educacao.pdf
Abaixo acompanhe a reflexão sobre os desafios educativos, um trecho do encontro:
Fonte: CNBB