Mosteiro das Clarissas celebra o legado de devoção e inspiração de Santa Clara

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Dom Gilson Andrade, bispo de Nova Iguaçu, presidiu solene celebração da Santa Missa em honra a Santa Clara, na manhã desta sexta-feira, 11 de agosto, no mosteiro da Ordem das Clarissas, localizado no Bairro Botafogo em Nova Iguaçu. A celebração contou com a participação significativa de membros do clero diocesano e das Irmãs da Arca de Maria, que se uniram em comunhão para este momento de devoção e reflexão.

O bispo recordou também a alegria de celebrar o 38º aniversário de ordenação dos Padres Edimilson e Porfírio, presentes na celebração e também dos Padres Marcus Barbosa e Clínio José que se encontram em missão em outras Dioceses – “é uma alegria celebrar esta data tão importante na vida de um presbítero, telefonei agora pela manhã para o Padre Marcus e terminando a celebração farei o mesmo com Padre Clínio. Inclusive, Padre Marcus, me fez um pedido para trazê-lo às Irmãs, para que não deixem de rezar por ele!” 


Durante a Santa Missa, Dom Gilson enfatizou em sua homilia as vocações e o exemplo edificante de Santa Clara:

“O dom da vocação não está morto! Esses dias vendo na Jornada Mundial da Juventude aquele mar de gente em Lisboa, me lembrava das palavras do saudoso Papa Bento XVI no velório do Papa João Paulo II. Vendo aquela multidão de jovens que acorria a Roma para dar seu adeus a João Paulo II, ele dizia: ‘A Igreja está viva! ’. A Igreja é jovem, sempre jovem! Mesmo que nós já tenhamos cabelos brancos, rugas nos rostos, ela permanece jovem. Por isso, diante dos desafios e dificuldades que enfrentamos, até mesmo em uma questão que a vida religiosa vem enfrentando, a carência de vocações, nunca podemos esquecer disso. A vocação está viva, a vocação clariana é atual, é para os nossos dias, porque a paixão e o serviço a Cristo nunca saem de moda, não envelhecem. Mas, temos todos que pedir a Deus essa graça, que nesse ano vocacional vivamos as nossas vocações com alegria. É dessa forma que vamos atrair, quanto melhor vivermos o que somos, mais pessoas se encantarão com Jesus Cristo e com a vocação. Quanta Luz Clara teve e emitiu ao longo de sua existência, conquistando a família, conquistando outras mulheres para a doação, até hoje seu carisma está entre nós. Os santos são o grande presente da história e aqueles que permanecem para sempre. ”

Ao final da missa, foi realizada a bênção dos pães por Dom Gilson, que foram distribuídos para os fiéis e devotos de Santa Clara, que lotaram a capela do mosteiro para essa demonstração de fé em homenagem à padroeira do mosteiro


Santa Clara

Santa Clara de Assis, foi uma religiosa italiana nascida em Assis, em 1194. Tendo sido a fundadora da Ordem das Clarissas, uma ordem religiosa feminina que segue a Regra de São Francisco de Assis.

Santa Clara foi influenciada pela espiritualidade de São Francisco de Assis, e seu encontro com ele teve um profundo impacto em sua vida. Em 1212, aos 18 anos, ela fugiu de casa e se refugiou no convento da Porciúncula, onde Francisco a recebeu e cortou seus cabelos, simbolizando sua consagração à vida religiosa.

Junto a algumas outras mulheres que se uniram a ela, Santa Clara fundou o primeiro convento da Ordem das Clarissas, chamado de Mosteiro de São Damião. A ordem tinha como princípios a vida de oração, a simplicidade, o trabalho manual e a pobreza evangélica.

Seu estilo de vida inspirou muitas mulheres a seguir o mesmo caminho, e a Ordem das Clarissas se espalhou rapidamente por toda a Europa e outros continentes.

Após sua morte em 1253, Santa Clara foi canonizada em 1255 pelo Papa Alexandre IV. Sua festa é celebrada em 11 de agosto. A Ordem das Clarissas continua ativa até hoje, mantendo viva a espiritualidade e os ensinamentos deixados por Santa Clara, além de contribuir para a vida religiosa e ações de caridade em diversas partes do mundo.